sábado, 27 de novembro de 2010

Estádio Nacional de Brasília - O velho Mané.


Estádio Mané Garrincha
Há algum tempo, uma verdadeira epidemia de promessas, planos e projetos, tomou conta dos noticiários, voltando a atenção do público a possibilidade de construção de inúmeros estádios de futebol, os quais seriam verdadeiros monumentos que inevitavelmente nos remete as grandes obras egípcias e chinesas de milenios atrás.
Partindo do que presenciamos, a modéstia é a mesma, o que credencia seus idealizadores ao uso de uma famosa frase do cinema: "NÃO POUPEI DESPESAS" - Jurassic Park.
Estádios de todas formas, tamanhos, alguns bonitos, outros feios, outros exóticos, estravagantes e espalhafatosos. Alguns serão muito úteis, outros se transformarão em grandes elefantes brancos, ou verde, amarelos, vermelhos, pretos...
Com a providencial desculpa da realização da Copa do Mundo de 2014, alguns excêntricos senhores aproveitarão o momento para bem investir o rico dinheirinho ou mal gastar os reais alheios.
Já a FIFA, em carta resposta ao Governador, negou qualquer decisão a respeito do assunto, deixando claro que todas as cidades candidatas à sediar a abertura ainda estão na briga pela ilustre honra.
A referida carta, causou também dúvida e desconforto entre o atual e o futuro Chefe do Poder Executivo Distrital. Rogério Rosso deixa claro sua vontade em uma arena com 70 mil lugares - Estádio a altura da capital federal. Já Agnelo Queiroz é mais modesto e econômico, estipulando que 40 mil seria o suficiente para Brasília, ou seja, ainda menor do que o velho Mané.
Deve-se ser levado em consideração o fato de que um estádio é sempre um grande investimento para a cidade, além de ser proporcional à população do DF, hoje em torno de 2 milhões de habitantes, sem contar a região do entorno. 
Talvez o futuro governador queira utilizar o Ginásio Nilson Nelson na Copa do Mundo de 2014.

Texto: OBSERVADOR

sábado, 13 de novembro de 2010

Carta ao DFTV Rede Globo

Boa tarde senhores!
Na edição de hoje do DF TV 1ª Edição  (13 de novembro de 2010), assistir uma reportagem a respeito de um grave acidente ocorrido no viaduto entre as avenidas Pistão Sul e Norte em Taguatinga.
O quê podemos dizer?
Qualquer pessoa com um mínimo de senso de observação, já observara o problema e perigo que tornou-se a referida estrutura. Desta forma, identifiquei e denunciei tal situação em artigo publicado em meu blog (donodacidade.blogspot.com) no último dia 11.
É inevitável a pergunta - o quê as ilustres autoridades estão esperando? Uma tragédia maior que a ocorrida?
Senhores não sinto prazer algum em falar "não podem falar que eu não avisei", mas ocorrendo outro fato semelhante, não hexitarei em acusar diretamente as autoridades públicas com responsabilidade sobre a via. Bom senso senhores! Essa é a ordem ao senhor Administrador de Taguatinga, ao senhor Diretor do DER-DF e Detran-DF, além é claro, dos senhores parlamentares, os Membros do Ministério Público e o Excelentíssimo Senhor Governador do Distrito Federal.
O mais preocupante é a existência vários outros pontos notoriamente perigosos, entre os quais, o Balão do Aeroporto, a curva de acesso à Ponte JK, o chamado Buraco do Tatu - Rodoviária Plano Piloto, a decida do Colorado - Sobradinho, entre outros.
Até quando testemunharemos essas tragédias?
Até quando senhores?

Texto: OBSERVADOR

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Os perigos da EPTG

A mais importante artéria do Distrito Federal, a Estrada Park Taguatinga ou simplesmente EPTG, em obras há pelo menos dois anos, transformou-se em um interminável pesadelo.
Neste período, a gigantesca obra na via de 12,7 quilômetros tornou o trânsito que já era complicado na verdadeira visão do caos. Nem mesmo em sua "fase final", a chamada Linha Verde proporcionara uma sensação de segurança e tranquilidade aos 160 mil veículos que trafegam sobre o novíssimo asfalto diariamente.
A total falta de sinalização ao longo de grande parte da via, somada aos trechos com sinalização deficiente e ineficiente, resultaram em uma via extremamente perigosa.
O conjunto de fatores dentre os quais, máquinas, equipamentos, operários, detritos, brita, areia, terra, lama, além dos desvios improvisados, desnível de asfalto, intenso trânsito de veículos e pedestres, assim como a falta de bom senso e discernimento, são ingredientes a formar a desordem traduzida em tragédia. Somente nos 11 primeiros meses deste ano, já chegou ao funesto número de 9 mortes, quase o dobro de todo ano de 2009. Mas isso não é tudo...
O que dizer dos acessos entre as vias marginais e as vias centrais? Nesses acessos, o condutor se depara com um incrível ponto cego devido a angulação formada entre a via de acesso e a via central, agravado pela diferença de nível entre as vias. Uma sugestão seria a criação de faixas de desaceleração e faixas de aceleração.
Outro ponto a ser observado com grande atenção é a inexplicável falta de sequência em todas as faixas da via, do início ao fim. Por esta razão, ocorre o fenômeno do funilamento da via em pontos específicos (ponte sobre o Côrrego Vicente Pires, da mesma forma, ocorre no Viaduto Rádio Atividade na entrada de Taguatinga), afetando diretamente o fluxo de veículos, indo de encontro ao objetivo principal desta monumental obra.
Aqui, sinto-me no dever de alerta quanto ao perigo que tornou-se o viaduto da entrada de Taguatinga. Com as obras, extinguiu-se uma faixa de aceleração que existia e auxiliava os veículos que fazem a alça de acesso, sentido centro de Taguatinga. Porém, mesmo após a extinção da referida faixa, os veículos de origem da referida alça, ao invés de pararem na intersecção, entram na via sem observar os demais veículos que já se encontram em preferencial (dentro da via), resultando por diversas vezes, em graves acidentes. Vale ressaltar que este cenário encontra-se a uma altura considerável, agravada pela falta de proteção (guard-rail). Será que as autoridades estão aguardando o pior acontecer?
Não podemos esquecer antigos problemas desta via, entre os quais, os constantes alagamentos, principalmente na via marginal no trecho referente à entrada de Vicente Pires. Ainda referente a estes problemas, a equivocada demarcação da sinalização horizontal, inclusive sobre-marcas, o que inevitavelmente confunde o usuário.
É evidente que as obras irão melhorar o trânsito e beneficiar muita gente, mas o que se questiona são os procedimentos adotados e os transtornos causados.
De qualquer forma, fica a esperança de que este enorme incômodo encontre-se em sua fase final.

Texto: OBSERVADOR